quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Coxim está sediando seminário sobre patrimônio cultural monçoeiro


Iniciou ontem (10) e segue até amanhã (12) em Coxim o Seminário Interestadual do Patrimônio Cultural Monçoeiro que está discutindo o resgate e a projeção da identidade cultural monçoeira, assim como a história da ocupação das regiões norte de Mato Grosso do Sul, assim como a história da ocupação das regiões norte de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso por meio das Monções.
De acordo com a superintendente regional do Iphan, Maria Margareth Escobar Ribas Lima, é importante a participação e o apoio da prefeitura de Coxim na iniciativa. “O valor cultural desta rota é importante para três estados porque ela inicia no município paulista de Porto Feliz, passa por Mato Grosso do Sul e termina em Cuiabá e propor este seminário e falar de políticas públicas é muito importante para o Estado porque Mato Grosso do Sul, entre os três que compõem a rota, é o que mais apresenta a presença física dos expedicionários monçoeiros, como por exemplo, um letreiro colocado por eles no Rio Coxim”, ressalta Margareth.
Para a prefeita Dinalva Mourão (PMDB) a região tem um grande potencial turístico que já é explorado, mas que ainda pode ter ainda mais valor cultural agregado a partir do reconhecimento do Patrimônio Cultural Monçoeiro. “O encontro será de suma importância, pois também irá propor a Carta das Monções, que reúne todas as propostas e projetos para a gestão integrada e compartilhada do patrimônio cultural monçoeiro a curto, médio e longo prazo” afirmou.

Rota das monções

Originalmente, o termo Monção referia-se aos fortes ventos dos mares do sul que impulsionavam as embarcações marítimas e facilitavam as navegações. Na historiografia brasileira, tal denominação deve-se ao fato de que a maioria das viagens monçoeira se realizava na época do inverno, período de maior navegabilidade dos rios pantaneiros.
Os viajantes utilizavam embarcações de um tronco só de madeira, conforme a tradição indígena, e as técnicas de navegação apropriavam também a experiência dos índios: os homens remavam em pé, ao mesmo tempo.
O caminho percorrido tinha dois trechos e demoravam-se em média cinco meses para se realizar a viagem entre São Paulo e as Minas de Cuiabá, passando por toda a extensão do norte do atual estado de Mato Grosso do Sul.

Escrito/Foto por Evillyn Regis.

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